
Eu não escrevo bem; ou seria correto? Não é modéstia, é realidade! Discordei de todos os amigos, amores e professores que falaram isso. Não é aquela questão de escrever 'bem' ou 'mal', é aquela questão de escrever diferente!
Quando eu estava na segunda série, uma professora lançou um desafio para a minha turma: escrever livros! Obviamente metade da turma não aceitou. Mas aquilo me gerou uma inquietude e comecei a 'fabricar' uma série de livros sobre uma garota de cabelos rubros e seu gato verde, obviamente fui criticada! Me diziam que não existiam gatos verdes, mas para mim existiam e era isso que me importava! Todos os livros (ilustrados) foram entregues no fim do ano para a professora, que me disse que, bastava eu acreditar para uma coisa existir e escreve-la para que passasse a existir para os outros.
E é assim que escrevo. Basta que para mim exista! Escrever, para mim, é uma fuga para o Meu Mundo. Basta que eu acredite, mesmo que para os outros pareça infantil, não quero que gostem do que, como ou sobre o que escrevo.
Não sei até quando vou levar o conselho da minha atual professora adiante (esse maldito blog). Admito, sou egoísta e ciumenta nesse sentido, queria ter o que escrevo só para mim! Ah, sobre o que escreverei aqui? Ainda não sei, talvez sobre sonhos, talvez sobre paixões, talvez sobre batatas, talvez sobre pessoas... São muitas coisas esperando para serem escritas. Só sei que, sobre a existência de gatos verdes eu não escreverei.
(Obs.: A imagem é Gato Verde, de C. Santiago)
"Muita gente diz que estou caminhando para o vazio, que estou escrevendo cada vez mais sobre o nada. Quem dera! (...) Fico constrangido porque não consigo ter uma visão objetiva do que escrevo. Eu não consigo ver fora de mim"